Eu já estava preparado pra enfrentar a pedreira da divulgação de meu livrinho. O que eu não fazia idéia é do tamanho da besta-fera.
Com o computador e a Internet, tudo ficou mais fácil. Escrevo, seleciono, copio, aplico, envio. Nos sites grandes, formulário, com alguns clicks e tudo está preenchido. Envio, recebo email de confirmação e pronto.
Para os jornais mais pobres e cansados, aí rola telefone mesmo. É até melhor porque assim eu falo com alguém. Detesto esse esquema automático, sem vida, mecânico. Acho que a mensagem cai na mão de um bilhão de atendentes e fica pipocando daqui pra lá, até cair numa lixeira virtual. Mas na vida real cai numa lixeira de verdade, então não há muita diferença.
Até que mandar as coisas lá pro pessoal de cima é fácil. Daqui do meio pra baixo é que complica.
Porque quanto menor o site ou veículo de comunicação, mais metido é o cara que deveria cuidar da divulgação.
É impressionante, mas o brasileiro é uma desgraça com esse lance de "poder". Acho que se você der uma cadeira, mesa e um cargo pro sujeito, ele já se acha um deus vivo reencarnado.
As comunicações ficaram bem rápidas, mas não se superou essa postura maluca do cara se achar melhor um verdadeiro "senhor feudal". É como se ele fosse um ogro que determinha que pode seguir adiante pela "estrada do sucesso", um guardador de quem avança e quem fica pra trás na glória de ser... Seja lá o que for.
Tá cheio de gente assim por aí. Uns parasitas de um poder imaginário, herança de Portugal, quando todos os passantes tinham que fazer o "beija-mão" da "otoridade", senão não era ninguém. Com o fim dessa "orotidade", ficou o cargo, a eterna e constante pose. Em que qualquer um pega, qualquer se acha.
No meu caso, já sei que sites como Omelete, Bigorna, Universo HQ (que tá com pau só porque acessei ele), certamente vão me limar.
Mas é o preço que eu pago por ser independente!
Porque independente não é o cara que se vende ao sistema. É o cara que o sistema não quer que avance!
Chutemos essa porra dessa porta!
